Ex-atacante tem acompanhado de perto as obras para o Mundial no Brasil
Gustavo Alves, do R7
Romário entrou na política por causa da filha, Ivy
Romário resolveu entrar na política por causa de sua filha caçula, Ivy, portadora da síndrome de Down. O maior objetivo do novo Deputado Federal era lutar contra o preconceito com a doença, que é, na verdade, uma alteração genética. Mas quando viu na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma porta de entrada para ficar por dentro dos assuntos relativos à Copa do Mundo de 2014, o baixinho mudou o foco. Documentário denuncia Ricardo Teixeira por corrupção
Em fevereiro, foi indicado para o cargo de vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto. Prometeu que acompanharia de perto as obras dos estádios das 12 cidades-sede do Mundial e pediria explicações sobre cronogramas e orçamentos. Nos primeiros três meses de trabalho na pasta, cumpriu a palavra.
Junto com outros parlamentares da Comissão, o ex-atacante já visitou quatro cidades-sede: Manaus, Recife, Curitiba e Belo Horizonte. Ficou impressionado com a capital mineira, que ainda disputa a abertura da Copa com São Paulo. Fez discursos e tirou fotos por onde passou. Segundo pessoas próximas ao deputado, ele sabe que chama a atenção e quer usar esse interesse da imprensa para divulgar tudo o que vê na preparação para o Mundial.
Mas foi pelo Twitter que o baixinho fez a primeira grande crítica aos organizadores do evento. Em mensagens publicadas na quarta-feira (8), Romário expôs o cálculo totalmente errado que a CBF fez em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o evento, e mostrou um dado preocupante: o orçamento para os estádios já triplicou.
“Galera, só para vocês terem noção do que está acontecendo com os estádios da Copa. Vou listar em tópicos.”
“Quando foi feita a proposta a FIFA em 2007, a CBF e o Gov Fed [Governo Federal] previam gasto de R$ 2 bi. Na época, este valor contemplava dezoito sedes.”
“Em janeiro de 2011, o Min. do Esporte apresentou previsão de R$5,6 bi para 11 sedes. Sem o custo do Itaquerão (SP).”
“Em junho, a previsão de gastos já chega a cerca de R$ 7 bilhões. Ou seja, somente o custo dos estádios, já triplicou. De olho neles.”
O convite a Ricardo Teixeira
Em meio à fiscalização das obras da Copa, Romário ainda arrumou tempo para investigar Ricardo Teixeira. Apesar das acusações feitas contra o dirigente (de corrupção e de pedir propina para apoiar a candidatura da Inglaterra para sediar a Copa de 2018), o presidente da CBF acabou inocentado pela Fifa, mas não se explicou publicamente.
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Sem reposta da CBF
Apesar de Teixeira não ser obrigado a aceitar o convite, a recusa “suja”, de certa maneira, a imagem dele entre os políticos em Brasília. O R7 apurou que o cartola ainda não respondeu à “convocação” e preferiu ignorar o pedido de Romário.
Coincidência ou não, depois do convite e de tudo o que Romário tem feito na fiscalização da Copa do Mundo, Teixeira aproveitou a festa da despedida do atacante Ronaldo da seleção, na segunda-feira (6), para alfinetar o Baixinho. No discurso que fez antes de presentear o Fenômeno com um relógio da CBF, o presidente disse que o atacante “foi o melhor jogador que passou pela seleção” durante a gestão dele, que dura 22 anos, desde 1989.
Do R7 Esportes
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